A Câmara Municipal do Rio de Janeiro realizou nesta quinta-feira (25) um workshop com seus servidores para apresentar as ações desenvolvidas no âmbito do "Programa Lixo Zero", que tem o objetivo de tornar o Palácio Pedro Ernesto no primeiro prédio público “Lixo Zero” do país.
O programa adotado pela Câmara Municipal se divide em quatro etapas. A primeira é o diagnóstico, com o levantamento da situação do descarte de lixo e a mensuração da quantidade de resíduos gerados. A segunda é o planejamento estratégico, que estabelece um plano de ação para reduzir o envio de materiais aos aterros sanitários e aumentar a quantidade de resíduos que voltam para a cadeia produtiva. A terceira fase é o treinamento e educação ambiental, com a elaboração de um programa de palestras educativas para servidores e visitantes. Por fim, a quarta fase é o monitoramento, que vai avaliar as ações implementadas e os resultados obtidos.
Diagnóstico
De acordo com o levantamento realizado, a geração dos resíduos sólidos no Palácio Pedro Ernesto é de de resíduos não perigosos inertes e não inertes – como orgânicos, papel, papelão, madeira, plásticos em geral e metal – e resíduos perigosos, como lâmpadas, pilhas e baterias, óleo de cozinha, solventes, cartuchos de tinta de impressora e resíduos de serviço de saúde. A estimativa é que o Palácio gere cerca de 0,5 tonelada de resíduos por mês.
Além do esboço do novo fluxo de resíduos, da instalação dos coletores, da identificação de soluções para o correto encaminhamento de todos os produtos gerados (reciclagem, compostagem e logística reversa) e da identificação de solução para compostagem in loco; o Plano de Ação da Câmara Municipal contempla o treinamento de colaboradores, palestras de educação ambiental e divulgação de materiais digitais educativos.
O coordenador de sustentabilidade da Câmara Municipal, Bernardo Egas, explicou que o prédio histórico já começou a instalar novas unidades coletoras de resíduos para dar destinação adequada ao que é descartado pelos setores. “Elaboramos um plano de ação para a instalação de coletores no 1º andar e no Plenário. Os próximos passos serão a instalação de coletores no 2º andar, a confecção de uma cartilha com orientações aos servidores e, posteriormente, a regulamentação, na Câmara, sobre o uso de copos descartáveis e afins”, disse.
Bernardo destaca que o objetivo é que a Casa ganhe sua certificação pela destinação adequada de resíduos até o fim do ano. “A reciclagem de materiais, além de proteger a natureza, representa geração de renda. O Programa Lixo Zero combate o desperdício pela conscientização de cada um de nós. A maioria dos tipos de resíduos pode ser reciclado, e aqui nessa casa não é diferente”, afirmou.
Eduardo Furtado, coordenador de Controle Urbano da Comlurb, destacou que a companhia vai firmar uma parceria com a Câmara Municipal para ajudá-la na coleta dos resíduos recicláveis, orgânicos e dos rejeitos.
Programa Lixo Zero
O conceito “lixo zero” consiste no máximo aproveitamento e correto encaminhamento dos resíduos recicláveis e orgânicos e a redução ou extinção do encaminhamento destes materiais para os aterros sanitários e\ou para a incineração.
O compromisso em adotar boas práticas de gestão de resíduos foi assinado pelo presidente da Câmara do Rio, vereador Carlo Caiado (DEM), com o presidente do Instituto Lixo Zero Brasil, Rodrigo Sabatini, durante audiência pública realizada no dia 8 de junho.